NO FUNDO DO POÇO
Quanta opulência e alegoria
Penduradas num só pescoço,
Enquanto uns comem chicha...
Outros apenas lambem o osso!
Quanta gente assim contida,
Sem teto, no fundo do poço...
Enquanto outros dizem por aí,
Que este país é um colosso!
Quantos planos sem patrono,
Neste abastado solo varonil...
Enquanto uns corroem o trono,
Sofre esta pátria mãe gentil!
Quantos se sentem os donos,
D’uma terra que nunca serviu...
Enquanto outros perdem o sono,
Sobre o chão fértil deste Brasil!
Autor: Valter Pio dos Santos
Fev-2014