NO FUNDO DO POÇO

Quanta opulência e alegoria

Penduradas num só pescoço,

Enquanto uns comem chicha...

Outros apenas lambem o osso!

Quanta gente assim contida,

Sem teto, no fundo do poço...

Enquanto outros dizem por aí,

Que este país é um colosso!

Quantos planos sem patrono,

Neste abastado solo varonil...

Enquanto uns corroem o trono,

Sofre esta pátria mãe gentil!

Quantos se sentem os donos,

D’uma terra que nunca serviu...

Enquanto outros perdem o sono,

Sobre o chão fértil deste Brasil!

Autor: Valter Pio dos Santos

Fev-2014

Valtin Kbça Dipoeta
Enviado por Valtin Kbça Dipoeta em 13/02/2014
Reeditado em 17/02/2014
Código do texto: T4689789
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