RETROCESSO
Ysolda Cabral
Horizontes são vedados
Tudo está ficando proibido
Igual aqueles anos idos
Que não deviam ter acontecido
Tento não me importar
Mas como, se aí está o atentado?
Que vedem tudo em nó bem apertado
Minha alma ninguém vedará
Como arma posso usar e usarei
O papel, parte de minhas vestes
Até mesmo a minha pele
Onde a minha poesia grafarei
Usando caneta, lápis grafite
Batom vermelho ou sangue
Pode ter certeza e liste
O que afirmo e não se zangue
A zanga endurece, embrutece
Deixa a pessoa perdida e feia
Parecendo ter cara de meia
E logo o seu dia noite parece