Elixir

Se o sorriso é uma estrela,

precisamos iluminar

cada face, cada mente,

no brilho que a gente sente

em cada gota de olhar.

Se o olhar é de desejo,

precisamos deixar fluir

em palco de sensações

da fonte as mil paixões

em cada trago do elixir.

Se o elixir é dádiva e vida,

precisamos embebedar

de muitos goles risonhos

toda imagem desses sonhos

que exalam pelo ar.

Se a aragem é de perfumes

de flores da mata virgem

- lábios, beijo, brisa e pétalas

são sedas em pontas de setas,

doces doses de vertigem.

Se a vertigem é de prazer

que relaxa a tensão

em cada leito, em cada abraço

do descanso no regaço

e a cada toque de mão.

Se a mão é de veludo

devemos sempre afagar

cada mágoa, cada nódoa

cada pelo em toda pele

com calor e devagar.

E se o sorriso se apaga

E o olhar é de tristeza,

O elixir envelhece

E a aragem é de vareja,

a vertigem é de ardor

e mão se enrijece?...

Esquece...!

Ah! a silaba fala por si.

Do olhar fica a luz,

o elixir apura o cálice,

o vento eleva as pétalas,

a vertigem gira em paz

no elo do coração,

o tempo abre o ventre

ao cálido e doce poente,

o amor passa adiante

e a vida segue em frente...

(dfholanda, Aclimação, São Paulo, fev2014)

Tim Holanda
Enviado por Tim Holanda em 11/02/2014
Reeditado em 26/01/2019
Código do texto: T4686277
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