É tão estranho quanto real...
É tão estranho quanto real...
O peito aperta,
A voz cala,
Um riso eu demonstro, pra não serem necessárias tantas explicações...
É tão estranho quanto real,
É acreditar que hoje será diferente,
É colher os frutos ainda na semente,
É sentir o calor do sol, ainda que em meio ao frio...
Tem tido tantos vãos na minha alma...
E tem sido tão difícil encontrar palavras para a poesia...
E porque tenho sido contradição,
Sinto que por ora devo viver com meio coração...
Uma parte integral que me diz sim,
Uma parte integral que me diz não,
É chegar ao fim do mundo com tamanha dor,
É alcançar um ápice de alegria sem nenhuma explicação...
É ter destinos à disposição,
E permanecer na encruzilhada sem um mapa às mãos...
É o medo que me impede de prosseguir,
É o sonho que insiste em fugir...
É tão estranho quanto real,
Nascer do amor,
Viver para se envelhecer,
Na expectativa que a qualquer momento,
Exista um real motivo para me convencer...
Não tenho sido meu melhor,
Nem tão pouco meu pior...
Apenas deixado ao tempo,
Momento oportuno para me guiar...
É tão estranho quanto real...
Ansiar o que não se pode ver,
Rezar para fortalecer,
A fé que há de fazer,
Eu enfim renascer...