A VOZ DA RAZÃO
Encontros e desencontros,
Olhos que se cruzam por instantes,
Expiração e inspiração que sublimam o tempo,
Cheiro de sol, risadas de alegria,
Cheiro de calor, cheiro de vida...
Onde está o que deixei partir?
O que nunca terei em meus braços...
Que, por alguns instantes, pousou diante dos meus olhos,
Materializando o que um dia sonhei encontrar.
Presenteando-me com sorrisos, sons de vida, acordes serenos,
Fazendo-me exalar paixões e desejos que foram adormecidos no tempo.
Onde estás, querido amado?
Onde deixas tua presença de vida?
Teus sapatos marcados de passos vividos...
Roupa exalando o perfume e certeza de que és real...
Possuidor de sorriso e de olhar nunca visto igual.
Posso te alcançar em meus sonhos,
Mas te perco no despertar da manhã.
A lua se foi, meu amado... O sol está no alto
Com toda a sua luz.
Uma voz me chama...
É a voz da razão, que não quero escutar...
Voz que não permite te amar;
Pois tu és amor proibido, o qual não posso tocar.
Fábula não és! Disto eu sei.
Também sei que aqui é meu lugar... Longe de ti.
Consciente de que nossas vidas não se cruzam...
Como retas que jamais se enroscarão;
Retas sem nenhum ponto de intersecção.
Histórias distintas, missões pouco semelhantes,
Mas que carregam no coração a mesma fé de seguir adiante.
Revisão:
Prof. Francelino Soares de Souza