Ternos e Eternos
Já me passou pela cabeça
Que um dos grandes defeitos
Do humano, da humanidade
É acreditar na eternidade
Da vida
Da paixão
Mas agora penso o oposto,
A eternidade
Daqueles que se entregam
Ao eterno,
É sofrida e radiante
É ardida, dolorida
Mas cessa.
Os eternos
Nunca cansam
Não se acaba
Não fraqueja
Não ama uma vez
Não vive uma vez por mês
Não se resume, restringe
Eternidade acreditada
Vivida, são raras
As que vivem
Sem medo
Do que finda.