Ternos e Eternos

Já me passou pela cabeça

Que um dos grandes defeitos

Do humano, da humanidade

É acreditar na eternidade

Da vida

Da paixão

Mas agora penso o oposto,

A eternidade

Daqueles que se entregam

Ao eterno,

É sofrida e radiante

É ardida, dolorida

Mas cessa.

Os eternos

Nunca cansam

Não se acaba

Não fraqueja

Não ama uma vez

Não vive uma vez por mês

Não se resume, restringe

Eternidade acreditada

Vivida, são raras

As que vivem

Sem medo

Do que finda.

Yara Gonçalves
Enviado por Yara Gonçalves em 30/01/2014
Código do texto: T4671104
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