Culto ao Inusitado
A vida é uma arte, um lampejo, um improviso...
E viver é quebrar a linha entre o certo e o errado.
Eu sou feio, mas não importa, porque eu consigo enxergar as coisas bonitas do mundo - coisas que não me veem.
Para toda amargura há sempre o açucar
E as vezes parece que não temos açucar suficiente,
Mas ainda há muito a ser engolido.
Aquilo era quase perfeito, quase improvisado,
Não foi perfeito porque foi esperado.
Estou esperando, cercado por espelhos quebrados, quebrados pelo meu tédio,
Tédio de algo planejado.
Venha a mim como surpresa, sem garantias de voltar um dia, sem esperar nada,
Pensamentos mudam com facilidade, mas os métodos persistem.
O sol bem que podia nascer no ocidente amanhã...
Não deixe de ser a luz, o sonho, a tendencia...
Espere no céu, pois eu chegarei aí, com asas feitas de imaginação,
No dia em que o sol nascer no ocidente,
E nada mais importará.
Minha vida é minha arte, feia e contraditoria,
Um impulso idiota de iniciativa e improviso.
Jogo for a rios de palavras, mas não tenho pretensão para querer explicar o tudo e o nada,
Sou movido por aquilo que me surpreende,
Um culto ao inusitado:
Amor, fúria e contradição.