SIGO DESFIANDO AS HORAS

Sou frágil criatura diante os segredos da vida.

Como grãos de areia na ampulheta

Insignificantes diante a eternidade.

Frente ao mistério da existência.

Sei que o tempo é severo

Não se comove não cede...

Inexorável a pedidos e súplicas.

Não sou uma pessoa ingênua...

Atoleimada inês da horta.

Ninguém jamais sabe ao certo...

Há quem negue a teoria da evolução.

Eu não acredito ser parte da costela de Adão.

Para uns a vida é um grande susto

Para mim é uma gratuita Dádiva!

Sigo desfiando as horas...

Tragando espinhos e rosas.

A vida não tem roteiros

Não é uma peça de teatro

Nem capítulo de novela.

Embebedo-me de alegrias!

Dissolvendo minhas tristezas, dores e amarguras.

Acenam-me as certezas!

Já me perdi nos desenganos.

A ciência explica como se movem...

Chocam e explodem os astros.

Eu só quero entender os meus sentimentos.

Desbravar minha inconsciência...

Acalmar o clamor que vem de dentro do meu peito.