Veredicto final
Declaro-me culpado, mesmo inocentado pelas leis divinas
Culpado por ter sido um bom soldado, num mundo de facínoras
Culpado por não ter interpretado, melhor o meu papel
Culpado por não desejar o céu
Culpado por ter vivido acomodado,
Mesmo incomodado com a minha sina
Culpado por ter desejado o que não era meu
Culpado por ter sido ateu
Culpado por não ter me libertado a tempo
Dos horrores que me produziram
Culpado por dar tanto ouvidos aos que jamais me ouviram
Culpado por não beber na fonte do real saber
Culpado por não saber viver