3 8 6 7 – Deslizes

Há luzes, raras, ou a visão já debilitada

Um lixo, a se incomodar, nele não encostar

Corpos, que passam e cães nele deitado.

Sorrateiro alguns em tudo despistar.

Muitos se debatem a cidade grita suas dores

Assim tempo vai, nada mesmo é perdoado.

Noite há prisões, muitos são levados.

Complicam-se a beleza, até das flores.

Mulheres, em todas as suas estirpes

Modernas, moderadas, alteradas, calmas

De estilo simples, algumas solitárias

No olhar, com toda a autocrítica,.

Imerso nas observações.

Recorta o silêncio uma canção.

As notas tristes, letra chorosa.

O momento lembra-se aquela doce paixão.