A agonia se encontra em  mim agora
 estertores prontos para expelir poesia,
louca, anseio pela palavra que não vem,
choro,o desespero da rima que não chega.

Eu me retorço inteira e me entrego  
me percebo  tão proxima do ápice
o climax me frustra ele não chega
eu me debato vislumbrando o auge.

Recomeço, resisto, reinvento
quebro linhas, refino parágrafos
ganho força,ganho ritmo,compasso
já vejo  forma no verso que faço.

Eu não aceito a frigidez da agonia
e não suporto imaginar a fantasia
de me ver tão zerada e tão vazia
desprezada, abandonada, sem poesia.
 
 
Mariangela Barreto
Enviado por Mariangela Barreto em 27/12/2013
Reeditado em 28/12/2013
Código do texto: T4626731
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