Depois do fim.
Talvez abram meus livros.
Leiam minhas crônicas, poemas e poesias.
O acaso pode levar alguém ao meu nome.
Futuro. Uma porta nunca aberta.
Futuro. Sempre distante.
No presente sei que nada é original.
Pensamentos que penso autênticos.
Já foram discutidos e escritos num passado distante.
Ah! Como gostaria de ser original.
Que meu filho e outros com sua idade descobrissem uma pedra feita por mim na minha lápide.
Ah! Que sonho impossível de se realizar.
Cada passo. Cada letra. Cada frase e pensamento já pertenceram a alguém que se foi.
Tenho orgulho de ter tentando. De ter escrito.
Trabalhado cada segundo da minha vida para ser diferente.
Quis. Lutei. Chorei sangue para não copiar e nem plagiar.
Não consegui: mas tentei até o último suspiro.
Quem sabe na minha caminhada induzi e seduzi outros com minhas idéias.
Nesses momentos, se deu o verdadeiro instante criativo.
Momentos de interação e transformação.
Assim como disse um famoso:
“Na natureza, nada se perde, tudo se transforma.”
Seguindo esse principio: valeu a pena a minha vida...
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