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Rio
 

Às margens desse rio, eu me sento
E em suas águas, mergulho
Sonhando com os mesmos barcos
E com as mesmas viagens,
Sentindo os mesmos ventos
Temendo a mesma estiagem,
Pois são sempre  tão iguais,
Nossos sonhos, nossos medos
E as nossas emoções!...

Por isso, eu não vejo razão
Para esconder-me ou ter segredos,
Não temo o que já foi dito
E bem menos, o já feito,
Pois eu lavo nesse rio
Toda a aflição da alma
Enquanto muitos se afogam,
Braços cruzados sobre o peito...


Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 13/12/2013
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