SER SUPERLATIVO
Eis-nos,
sábios sapientíssimos
enclausurados
nos alvos heliantos
que brotam
de nossos lumes
faustos,
nas sinfonias moucas
que ressoam
de nossas bocas
ávidas,
nos desejos sôfregos
que escoam
de nossos corpos
cálidos,
nas vãs quimeras
que projetamos
com nossas esperanças
grávidas!
Eis-nos,
espíritos mumificados
em grandes vastos vastíssimos
inaugurados!
Eis-nos,
esplendes esplendorosas
performances
entre multidões muitíssimas
de metamorfoses!
Eis-nos,
vermes vermíssimos
neandertais,
a atuarmos no magnífico
palco da vida,
no qual voamos
e caímos
entre flores, dores
e amores,
entre sismos, abismos
e cinismos,
como palhaços
a sorrirem,
escondendo faces
e lágrimas
sobre convincentes
máscaras!
P.S. Porque, da concretude de um sem nós; além de nossas ânsias engendradas, não sabemos nada.
Péricles Alves de Oliveira