A dor é um fio
Que o poeta manuseia
Com ele desenha
Um caminho
Em que o leitor passeia
Ao passear, contudo
Num primeiro momento se afeta
Ao sentir que o fio
Veio dele
E não do poeta
Mal sabe ele
Que o fio é uma fantasia
De uma verdade doída
Que o poeta sente deveras
Mas finge que cria
Assim o leitor
Encena-se na dor recebida
Porque aquela dor
Está na sua consciência
Porém jamais assumida
O poeta ao falar de sua dor
Livra-se do mal em que vive
Porém embala-o
Em palavras que inebriam
Assim a poesia sobrevive
Portanto quem escreve
Não cria uma nova emoção
Apenas desperta-a
Para um sentimento adormecido
Que já existia em vosso coração!
Que o poeta manuseia
Com ele desenha
Um caminho
Em que o leitor passeia
Ao passear, contudo
Num primeiro momento se afeta
Ao sentir que o fio
Veio dele
E não do poeta
Mal sabe ele
Que o fio é uma fantasia
De uma verdade doída
Que o poeta sente deveras
Mas finge que cria
Assim o leitor
Encena-se na dor recebida
Porque aquela dor
Está na sua consciência
Porém jamais assumida
O poeta ao falar de sua dor
Livra-se do mal em que vive
Porém embala-o
Em palavras que inebriam
Assim a poesia sobrevive
Portanto quem escreve
Não cria uma nova emoção
Apenas desperta-a
Para um sentimento adormecido
Que já existia em vosso coração!