Do Sentido de Existir
Vejo uma escadaria desordenada
Cuja alma não cassoa nem compadece
Traz em seu caminho aquilo que não se conhece
E a alma humana que se retorce na subida
Se mostra irreconhecível e desinibida
A disforme escadaria nunca termina
No entanto, pranto não há que se derramar
A retorcida e formosa alma não desanima
O quanto sobe torna-se mais bela
E a cada degrau deste eterno rebento
Sente que avança e vence infinito a dentro.