À noite!

A noite mal me soa,

É inimiga, que fel amargo,

Em sua garganta negra,

E por mãos tem rijas garras,

Da qual tento me ver liberto,

Esforço vão!

E tudo por que,

Que te fiz noite cristalina,

Que te fiz deusa celeste,

Da coisa poética peregrina?

Sob tu, uma saudade me assola o coração,

E que dança sobre os despojos de meu coração,

Ensandecida!