Houve uma vez um riso fresco
(E riso fresco faz nascer brilho de ver luzes)
Brilho de ver e de ser...
Houve uma vez um descompasso no peito
Um riso bobo
De doer os cantos da cara
Contentamento...
Existiu um vento
Um vento morno...
Com um sonho encoberto
Uma espécie de conforto...
Houve,mas agora não se enxerga,nem sente
Nem ouve
Agora é meio sol
Um meio gole d’agua
Um meio ...No meio de tudo...
Um quase nada
E eu no fundo
Do fundo emergi
Do mundo fugi
A dor nunca dorme
Não come,não bebe,nem ri
Não pousa aqui ou ali...
Fica no meio de tudo.
Embargando a alma ,
Do topo até o fundo.
É da alma
Ficar assim incrustada...
Mesmo depois
Quando a voz cala e nem comenta...
Ela fica no meio de tudo
Eternamente...
Corrosivamente...