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SUMIDA


Eu sei que eu ando sumida,
Quase uma nuvem de brisa,
Quase um sussurro, um leve gesto
De água escorrida...

Eu sei que meus olhos se perdem
Agora, nas flores da vida...
Os jardins por onde ando
São os de leves margaridas,
Rosas cálidas, sofridas,
Brancas acácias, cheias de vida...

 -Me vês? Eu sou a que passa
De leve, em teus pensamentos...
Meus passos não fazem ruídos,
Meus véus eriçam tua pele,
Mas sempre de leve,
Sempre de leve...

Eu sei que eu ando sumida,
(Perdida, ou quem sabe, encantada?...)
Nas sutilezas da vida
Na voz da passarinhada...
Meu cheiro se encontra no mato,
Respire bem fundo - eu te digo,
E encontrarás meu abrigo,

Pois sei que eu ando sumida,
Mas estou sempre contigo!


 
Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 13/11/2013
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