SAUDADE DE PEDRA
Dissipa-se o sonho,
silencioso como as nuvens
que no céu passeiam.
Esvai-se,
sereno como as águas
de um ribeiro manso.
E, sem quimeras,
fecham-se as pálpebras,
com o acender das estrelas
que o mar incendeia…
Não fosse a noite
uma indizível saudade de pedra
entre o mar dos meus olhos e a areia!
Ana Flor do Lácio