VIVER
Viver é um deslumbramento
E um desmembramento
Constantes, ininterruptos!
Volúpia de fazer virar os olhos,
Revirar o estômago,
Mexer com o que há de mais sagrado
No âmago do ser vivo!
Viver é um plantar de hortas,
Um chorar de coisas mortas,
Idas, trancafiadas
Para sempre onde não vemos!
Mas mesmo assim, nós vivemos,
E acho que é bom e terrível,
Maravilhoso, risível,
E um desmembramento
Constantes, ininterruptos!
Volúpia de fazer virar os olhos,
Revirar o estômago,
Mexer com o que há de mais sagrado
No âmago do ser vivo!
Viver é um plantar de hortas,
Um chorar de coisas mortas,
Idas, trancafiadas
Para sempre onde não vemos!
Mas mesmo assim, nós vivemos,
E acho que é bom e terrível,
Maravilhoso, risível,
Viver é... inconcebível!