medo noturno
Quando chega a noite, vem o breu.
E a lua sobe, à pino cheia de purpurina.
As estrelas brilham, e os postes tambem.
O sol dorme, covarde, com medo do escuro.
Todos aqui dormem,
E eu na janela,
Ouvindo seu sorriso,
Me chamando como brisa.
A janela do quarto faz o vento rugir.
E os galhos que batem no vidro,
Como barulho de correntes no piso.
Barulho que me irrita,
Agonia que arrepia os pelos.
Uma coruja me pia,
Com olhos vermelhos que brilhiam.
A chuva ali fora, cai no telhado,
Como as lágrimas que caem na janela.
E com sono, pesa os olhos,
Fecho os olhos e sonho com o dia.