SONHO QUIXOTESCO INFANTIL DE MOSQUETEIRO...
Tivesse como voltar
à infância, eu voltaria,
mas, sem o sentimento
do arrependimento no tempo,
e, sequer voltaria na idade,
pois, não haveria sinceridade...
Apenas poria os pés no chão,
as alpercatas de couro e reata
passadas as tiras nas fivelas
dependuradas no alpendre
da "époule" - nos ombros
a deixá-las inclinadas ao chão...
Soltaria o salto e o grito
da profundeza do coração...
E percorreria o campo
em torno do meu "derredor"
com uma pipa na mão
controlada pelo cordão
untado de cerol
para lutar no ar contra
os ventos e o Sol caliente derretedor,
imaginando os moinhos
atormentados com lanças ferinas
a querer me derrotar
e os derrubaria um a um
a fazer vingar meus sonhos
de guerreiro quixotesco
como os bravios mosqueteiros...
E venceria os invisíveis
e imagináveis moinhos...
Monstros que nos fazem
assim de tão sós,
pequenos e sozinhos!
O melhor dos tempos
a gente olha atrás e já passou...
O futuro foi a esperança,
que findou...
Mas nunca percamos a crença
ou esqueçamos que ainda somos
aquela mesma criança!...
Tivesse como voltar
à infância, eu voltaria,
mas, sem o sentimento
do arrependimento no tempo,
e, sequer voltaria na idade,
pois, não haveria sinceridade...
Apenas poria os pés no chão,
as alpercatas de couro e reata
passadas as tiras nas fivelas
dependuradas no alpendre
da "époule" - nos ombros
a deixá-las inclinadas ao chão...
Soltaria o salto e o grito
da profundeza do coração...
E percorreria o campo
em torno do meu "derredor"
com uma pipa na mão
controlada pelo cordão
untado de cerol
para lutar no ar contra
os ventos e o Sol caliente derretedor,
imaginando os moinhos
atormentados com lanças ferinas
a querer me derrotar
e os derrubaria um a um
a fazer vingar meus sonhos
de guerreiro quixotesco
como os bravios mosqueteiros...
E venceria os invisíveis
e imagináveis moinhos...
Monstros que nos fazem
assim de tão sós,
pequenos e sozinhos!
O melhor dos tempos
a gente olha atrás e já passou...
O futuro foi a esperança,
que findou...
Mas nunca percamos a crença
ou esqueçamos que ainda somos
aquela mesma criança!...