Era uma vez, o "Prego Louro"...

Era uma vez, o "Prego Louro"

que no meio daquela caboclada típica da região Norte

de alguma forma,

ficava a se destacar

Loiro, de olhos azuis

a meninada zoava tanto daquele menino

que chorava tanto

de se irritar

E quanto mais se irritava

mais a meninada pirraçava

afinal, sua irritação era o combustível necessário

para aquela meninada toda se atiçar

Cresceu, constituiu família

virou até Desembargador

mas, no fundo a pecha de "Prego Louro"

sempre ficou na sua alma, alojar

Um belo dia, como Desembargador,

em uma audiência,

ficou um daqueles amigos do passado

encontrar

Não deu outra, finalizada a sessão,

o seu camarada o chamou de "Prego Louro",

E, por questões de decoro, ficou calado...

mas, de tanta raiva, ficou, como um pimentão, a ruborizar

Sim, logo ele um Desembargador,

extremamente respeitado,

tinha esse trauma de infância...

que nunca ficou o largar

Enfim, é uma estória bem interessante de alguém da minha família

Que viveu há muitos anos...

que sentiu como quase todos sentimos

quando alguém, tal qual um "Prego Louro", fica a nos tachar