Falo do meu ofício

Falo do meu ofício

Escrever de maneira inteligente

Sem perder a coerência de ideias

Ou arriscar em perigosas “estreias”

Ou caminhos sem benefícios futuramente?!

Escrevo o que se passa em minha mente

Sem esperar muito pela “luz das epopeias”

Recorro à leitura para ter boas ideias

Eis a dualidade que me faz ser “transparente”.

Falo do meu ofício poético

Construído sem finalidade estrutural

Não se destaca por padrões estéticos.

Escrevo de modo natural

Baseando-me em atributos genéticos

Busco dizer o essencial.

Falo do meu ofício

Que, mesmo não me tornando milionário,

Jamais o tratarei como desperdício diário

Mesmo que jamais me tire do início.

Marcel 08-10-13

 

Falo do meu ofício II

Escrever é o mais nobre vício

Faz-me crescer intelectualmente

Transforma-me, permanentemente,

No louco mais feliz desse hospício.

Escrever jamais me trará malefícios,

Não o faço para subjugar um mal corrente

Busco, de maneira inteligente,

Uma solução que combata o desperdício.

O ofício do mais nobre guardião,

Protetor da memória e da identidade,

O melhor amigo do coração.

Imunizado de toda vaidade

O poeta não quer a rebelião

Quer apenas se expressar com liberdade.

Falo do meu ofício de historiador

Cujo se utiliza também da memória

Não se objetiva construir uma definitiva história

Dialoga diretamente com o escritor.

Marcel 08-10-13

 

Falo do meu ofício III

O ofício que dialoga com todos os tempos

Traça a história do ser humano

De sua cultura, desde os cultos profanos,

Até a supremacia cristã liderar e servir de exemplo.

O ofício que conta todos os acontecimentos

Os seleciona, de acordo com o impacto mundano,

Vai da monarquia aos estados republicanos

Jamais mudando o curso dos tempos.

Falo do meu ofício, citando meu conhecimento,

Mas, jamais visando sobressaí-lo como única versão,

Aqui, não se visa o melhor detalhamento.

Jamais se trataria da correta explanação,

A história considera os posicionamentos

Jamais seria produto da razão.

O ofício que não se apega à exatidão,

Apenas, considera o curso dos momentos,

Fundamenta-se nos “rastros” perdidos no tempo

Para chegar, de fato, a menos absurda consideração.

Marcel 08-10-13