NO AÇO DO SEU CANSAÇO
Nem tão belo nem tão feio
Também nunca se embaraça
... De tal modo
Leva a vida sem receio
Comboiando seu compasso
Além disso
Nunca foge do destino
Sempre avista seu espaço
Sem perder-se em desatino
Ser preciso em paletós
Sem ser capa de cangaço
Pois nem mesmo lhe incomoda
Se tem listras, se tem traços
Não é alguém tão somente
Nem tão só
É um cidadão do meio
Que no vaivém do trem
Se esquiva pelos veios
E entremeio aos tantos entrenós
Jamais, esmagou seu pé no freio
Nem tampouco
Se afogou por entre os laços
No entanto
Faz da lida seus passeios
Sem se incomodar com os passos
Que se abrigam sob esteios...
Autor: Valter Pio dos Santos
27/Out/2013