ACREDITAR OU NÃO CRER

ACREDITAR OU NÃO CRER!

Ah! Se não houvesse mais do que se vê a olho nu...

Ou o que se desvenda nos microscópios potentes...

Ou o que as imagens nucleares exibem sorridentes...

Ou se não houvesse no interior dos fios de cobre

A energia que transforma, alimenta e se consome...

E se não houvesse miríades de cadeias em genomas...

E a vida que se impõe, a luz, a sombra...

E ainda não houvesse os caminhos intermináveis

Onde escorre ávido, vermelho sangue a pulsar...

E ainda se não houvesse o misterioso desejo

De encontrar respostas, desde a tenra idade da humanidade...

Ah! Se não houvesse mentira e verdade,

Se não houvesse enganos e o saber humano fosse soberano!

Se nada disso houvesse, nem a luz, nem o dia,

Nem as estrelas transcendentes, nem a saudade de “um num sei quê”,

Nem a vontade de ir logo, ou de viver...

Se não houvesse um pássaro que canta no seu ninho

Ao romper de um ano novo, e então já não nos sentimos sozinhos...

Se não fosse embora, de repente, o amigo querido que a dor consumiu...

Se não sentíssemos, às vezes, uma tristeza ou a beleza onde ninguém viu...

Ainda assim teria sentido o viver, pelo presente que é poder amar

E ouvir a voz interior que nos diz que há mais por saber!

E mesmo sofrer, sabendo-se capaz de aprender, de mudar a nós mesmos!

Esse é um grande poder! E decidir, cada um por si: acreditar ou não crer!

P.S. INSPIRADO NAS LEITURAS QUE FIZ DO POETA ANTONIO AYRTON(Texto:Segredos I) E DYLUGON (Texto:Cuidado...)

www.joselmavasconcelos.blogspot.com

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 15/04/2007
Reeditado em 16/04/2007
Código do texto: T450603