De todos os museus...
De todos os museus, galerias, salas de Porto Alegre São Leopoldo e Novo Hamburgo, onde estivesse exposto, tanto na juventude quanto na maior idade do meu peregrinar existencial, talvez os trabalhos de Frida Callo tenha me chamado mais atenção, é lógico que alguns poderão dizer que não chega nem perto dos traços de “Um almoço na selva” de Monet, “A Sagrada Família ”de Miguel Ângelo, “A Adoração dos Pastores” de El Greco, o próprio Delacroix e sua famosa obra “Dante e Virgílio nas Regiões Infernais”, e aí afora, enfim todas as telas sempre denunciam algo do artista nem que sejam farelos de seus sentimentos realmente desconhecidos ao próprio artista, mas nada se compara a tela em branco onde a cada dia pintamos o surrealismo do amor e de forma contagiante que peregrina entre o cubismo, impressionismo realismo e outras técnicas livres, a ideia é mostrar o lado em que realmente não queremos ver do amor porque a ele por si próprio não nos permite a visão de sua própria face.
Poderia até então me ater a outra expressão imediata dos sentimentos, a música, e mesmo que imaginem um dinossauro sentado à mesa de um balcão bebericando suavemente um Chivas enquanto mastiga educadamente sem fazer barulho, ou com a boca aberta a perna de algum intelectual ou até mesmo um apedeuta embora a segunda opção lhe “caia” bem “embriagado”.
Mediante aos fatos e somente a eles independente de quais sejam assim como se lembrar de uma época em que os Beatles, AC- DC, as marchinhas de carnaval, MPB, o acordar dos “Caras pintadas” com dor de cabeça após tomar um uísque falsificado e ainda ter que ir trabalhar em um sistema cheio de salas vazias com cabeças abertas transbordando, como lixeiras, aquelas lixeiras cheias de bolinhas de papel com idéias e pensamentos repetidos outras em branco e tantas outras que mesmo copiadas não conseguiram chegar ao final e algumas ainda escritas até o final, mas que não passavam do patético ilusionismo do neoliberalismo.
Poderia até então cultuar esculturas de “Aleijadinho” e tantos outros que deixaram estátuas maravilhosas, mas que se largadas no meio da rua da praia em Porto Alegre bem na hora do almoço chamariam a mesma atenção que chama um “menino de rua deitado ou cheirando cola”, embora essa frase destacada ganhe um sentido sensacionalista e hipócrita iguala-se ao valor que um diamante tem a um homem cujo único gole de água no deserto é o próprio diamante, e para esse caso, motivo, indiferente será o quilate e sim o que “morde”.
Mas embora cansativo por ter que seguir, ainda prefiro admirar as estátuas em movimento.
Poderia até então citar obras escritas cujo quais me arrancaram todas as formas de emoções conhecidas embora que de uma forma individual, muitas me fizeram literalmente bolçar, outras rir e poucas chorar, mediante a isso tudo, ou pouco, gostaria que refletissem sobre o que vão ler, e nada me daria mais prazer do que alguma coisa que está escrito aqui arrancasse de vocês um sentimento ou um pensamento de que isso é tudo bobagem e que jamais acontecerá com vocês.