NÃO  OUSE PARAR


No começo os sonhos
São verdes, tenros
As estações tratam
De colorí-lo
Ou descolorí-lo
Quem sabe?

Sonho mal dormido
Posto ao longo do tempo
Em banho maria
Uma hora esfria.

Onde antes havia fantasia
Hoje, aranha tece teia
Cria vasto campo de melancolia.

A vida se esvai
Tem pressa, urge
Há, em algum canto, um mapa 
Reencontrá-lo, é preciso
Vital!

De joelhos, roga aos céus
Isso, quando não posa de réu
E sempre ouve:
Não ouse parar!




(Imagem: Lenapena- Região rural de Ithaca)
Lenapena
Enviado por Lenapena em 26/09/2013
Reeditado em 26/09/2013
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