Ater-me à poesia...
Que seja!
E dar de comer e beber
Pra que não jaza inerte e fria
Ou quiçá a deixe onde está
E sussurre a meus próprios ouvidos:
São só palavras minhas
Malfadadas e sozinhas...
E isto, o direi por saber de tudo
Que no fundo é um amontoado de nadas
Um embaralhado de letras insensatas
Ater-me à poesia...
Porque só eu sei o que ainda não sei
Porque só eu sei o que nunca saberei
Ater-me a poesia...
Apartar-me do mundo que a mim denuncia
Primazia...