A tempestade
uma tempestade
relâmpagos, atravessam
a minha janela
a água desce a madeira
impetuoso o vento brada
luta contra tudo em seu caminho
ruge contra os telhados
estou vendo os dias que passaram
escorrendo na madeira
a luz amarela ilumina a sala
ilumina a poesia sendo criada
agora mesmo
meus dedos formam as palavras
dos dias que se foram..
escorrem, escoando o tempo
os dias como lágrimas
como dádivas de DEUS
derramadas...
a minha vida passa
de uma estremidade a outra
do clarão que cortou a noite
como um filme
as primeiras lágrimas estão lá
em tuas mãos
também estão
todos os dias
contados um a um
escorrendo...
Abner Francisco Sobrinho
22-09-13
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