Escrevo versos, assim não sou um asceta
Bebo a própria solidão que me rodeia
Não tenho soluções para coisa alguma,
Que queriam? Sou apenas um poeta
Viver é pesado, pra quem é feito de areia fina
O vento das manhas me desfaz todos os dias
Na realidade dura,
Que em mim se descortina
Deus porque me deste esta missão tão grande
Ao meu coração de amar a tudo e a todos
Se sabias que ele era frágil, insensato
Pequeno e confuso?
Debaixo de cada mistério que envolve meu ser
(Já desenganado)
Há uma tíbia certeza revelada
Como se todos as janelas abertas
Dessem para dentro de mim não para fora
Assim todos me vissem e me observassem
Vendo-me como sou, sem ruídos, sem brilho
Tão inútil, em meus versos
De mim se apiedassem
Porque sabem que sou o nada
Algo que se retrai no silencio, que se abstrai
Um ser diluído nas olheiras da tarde
Há muitos como eu, mas talvez
Este pedaço de treva, que pousou em mim,
No relance dos anseios desatendidos
Seja único, posto que me é indecifrável
Assim, não me tragam filosofias, nem soluções
Pois é tarde e este ser que me habita
Não busca mais nada, nem crê nas respostas.
Bebo a própria solidão que me rodeia
Não tenho soluções para coisa alguma,
Que queriam? Sou apenas um poeta
Viver é pesado, pra quem é feito de areia fina
O vento das manhas me desfaz todos os dias
Na realidade dura,
Que em mim se descortina
Deus porque me deste esta missão tão grande
Ao meu coração de amar a tudo e a todos
Se sabias que ele era frágil, insensato
Pequeno e confuso?
Debaixo de cada mistério que envolve meu ser
(Já desenganado)
Há uma tíbia certeza revelada
Como se todos as janelas abertas
Dessem para dentro de mim não para fora
Assim todos me vissem e me observassem
Vendo-me como sou, sem ruídos, sem brilho
Tão inútil, em meus versos
De mim se apiedassem
Porque sabem que sou o nada
Algo que se retrai no silencio, que se abstrai
Um ser diluído nas olheiras da tarde
Há muitos como eu, mas talvez
Este pedaço de treva, que pousou em mim,
No relance dos anseios desatendidos
Seja único, posto que me é indecifrável
Assim, não me tragam filosofias, nem soluções
Pois é tarde e este ser que me habita
Não busca mais nada, nem crê nas respostas.