RUA

Quem pela rua passava
E a beleza da natureza
Contemplava
Nem imaginava
Que na bela casa
Uma triste mulher, habitava.

Sentada rente a vidraça
Retinha entre as mãos
Uma xícara de chá,
Que desprendia  fumaça.
Entristecida, ela olhava
A vida por lentes sem graça.

Em coro, pássaros cantavam
Harmoniosa sinfonia
Tentavam despertar nela
Doce alegria.
Porém, a bela mulher
Os mirava de soslaio
Seus olhos e ouvidos
Não conseguiam alcançar
A beleza que vivia naquela rua.

Não havia delicadeza,
Ou leveza
Na alma inquieta e solitária
Daquela mulher.


(Imagem: Lenapena- Short Hills/NJ)


 
Lenapena
Enviado por Lenapena em 17/09/2013
Reeditado em 18/09/2013
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