COMO SE FALASSEMOS O MESMO IDIOMA


Cai a tarde mansamente como estivesse cansada
E eu vagarosamente sigo pela mesma estrada
Às voltas com os pensamentos, que voam,
Se vão pra longe, ultrapassam a imensidão,
Deixando ecos que apenas, a saudade escuta.

A noite se anuncia  sem pressa, parece querer sonhar
E eu espero por ela, para juntas caminharmos
Não importa aonde se vá, teremos uma a outra,
Como se falássemos a mesma linguagem...
E assim nos entenderemosmos.

E lá vem a noite, vagarosamente,
Um friozinho vem nos propor acasalho
E cheios de inspiração, os solitários se encontram
Falando o mesmo idioma, escutando o coração
Que fala direto à lua que só escuta e vagueia...

Tem medo da escuridão, por esta razão inspira
Os trovadores, poetas, seresteiros que se encontram
Semeando pelos caminhos da vida, o que tantos solitários
algum hão de colher carinhosamente.