MANHÃ SEM PROMESSA
Um dia sem luz
ao firmamento confirmado
um dia sem cor
um dia mudo num tempo calado...
Aurora sem cheiro
num tempo ligeiro que exonera e se vai
manhã sem promessa
calmaria que enfada aos olhos que ofusca...
No rancho... farta é a mesa
só a imagem do inverso reflete agonia
turvas são as nuvens que encobrem o sol que tardia
mas importe ao vento, o sopro no ar ventar ventania...
Aos passos um rumo se afia
e arrumam espaços no compasso do chão
como alvos de acoite na vigília da noite
um dia sem luz, é um dia infeliz como madeira em cruz!
Autor: Valter Pio dos Santos
Set/2013