NA PRAÇA DA IGREJA

Hoje estou a caminhar solitária em meio aos tormentos da noite.

O tempo comprido é obscuro e gelado, como se não houvesse nada para contemplar.

A noite mais aperreada que já passei . O céu era como um gramado podre.

Não se via nem uma luz de esperança raiar dentre as nuvens fogosas e depressivas.

Vi-me acabrunhada sem ter rumo na vida. Oh que sacrílego!

Estou parada a contemplar aquilo que me causa repudia, mais vejo algo aterrador.

Será minha sombra refletida nas águas da velha fonte da praça da Matriz?

A noite mais bela e mais ofegante de todas, que minhas particularidades podia trazer.

Sinto-me triste às vezes só sem saber minhas origens de fato.

Que pena não tenho domínio sobre esse demônio que me atordoa .

Continuo vagando pela praça sem rumo, agora a noite esta calma , fresca , sutil.

Eu elevo minha clareza, ganho assas em frente a igreja, vejo mais que velas ouço mais que

Réquiens. Sinto o perfume das flores do jardim e mais nada.

Agora abro a porta e caminho em direção aos céus!

Patty Morgan
Enviado por Patty Morgan em 29/08/2013
Reeditado em 29/09/2013
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