A homilia de um aprisionado
Como se as muitas faces ainda significassem alguma coisa
Tão algoz, tão sagaz...
E o está aqui disposto a todas as vendas que me completa
Resilindo a real sutileza provinda do que é “fidedigno”.
Se valesse o discursar a veracidade perderia o brilhantismo visto
Que o que se profere na maioria das vezes contradiz com os fatos desencadeados.
É uma utopia a liberdade.
E mesmo daqui ainda vejo tão somente a réstia sobrevinda do Sol
E na parede percebo que nem o Sol tem total liberdade.
As sombras vociferam com bastante agudeza e fidúcia a respeito deste fato.
Meio que Narciso me encontro...
E por vezes uma a uma vai ao chão...
Penas que até o espelho mente.
Não posso mais contemplar minha face
Mas elas também não são só minhas... As catei nos caminhos...
Em cada rua em cada casa... Em cada pessoa eu as catei...
Hoje a única face que me resta
Encontra-se em minhas mãos.