Então subiu tablado
Vestida em suavidades e sedas
Bebeu de outras veredas
E foi imensa sua leveza...
Em si repetiram-se asas...
...Ou quiçá fossem as antigas, mas curadas...
E sorriu aos holofotes por cegarem seus olhos
Desnudarem-lhe a alma,
E bailou mui calma...
Como adivinhasse
Como planasse...
E bailou em fleuma
E seus artelhos em feridas
Nem sentiram as inflexíveis sapatilhas
Distraída...
E bailou todos os passos
E abriu seu peito a todos os compassos
E bailou tempos e tempos...
E contratempos...
Tanto,que fugiu em mente
Tanto,que quem vê nem sente
Que a bailarina sumiu de cena
A bailarina se foi, mas plena...