VIAGEM ASTRAL
Como um tufão, um espaço vago no infinito,
uma brecha em algum buraco negro no universo, um colapso desconexo,
teoria do caos invertida, uma falha ou algum mito
Minha incompreensível existência escorre inexplicável por minhas mãos
fazendo brotar um rio de incertezas. Aparências que não põe mesas
Perdendo noites em claro entre os sins e nãos.
O escuro da noite invade minha alma que clama por um bater de asas em algum lugar do universo
Aguardo distraindo com meu silêncio, o terremoto que nasce aos poucos aqui dentro
Se o nada está novamente a atormentar-me, entre o começo e o fim,
tudo compreende e assim toma-me a lucidez.
Se a realidade só existe vista pelo lado lógico
Mas é onde faz morada as maiores idéias.
Se o essencial é invisível aos olhos,
Mas sou dotada de sentidos para captar essências. E por isso preciso ver para crer.
Se perder a fé na vida, é se deixar perecer...
Curvo-me à minha insignificância, reduzida ao pó de minhas angústias.
Afogando em sonhos sufocantes, monstros que gritam das paredes do meu quarto
Iludindo-me com a palavra mágica Futuro.
Silencio meus gritos com doses leves de paciência e açúcar. E peço ao destino, que meu jogo sempre seja par. Que meu não, sempre se torne sim.