O velho homem cego.
Havia um homem velho,
Que vivia na escuridão
Se escondia do mundo
Porque não conseguia ver suas cores.
Chorava prantos negros,
Escuros como seus sonhos,
Sonhava com um pequeno feixe de luz as vezes,
Ansiava alguns breves momentos de cores.
Um dia o sonho deixou de ser negro,
E algumas luzes invadiram a escuridão de seu quarto,
As cores tomaram seus olhos,
Ele sorriu, mas em alguns instantes
Percebeu um mundo cinza,
De pessoas que negavam-se a enxergar as cores.
Ele deixou que um pranto escorresse
E lembrou-se de como era belo sonhar com as luzes
As cores, as formas, de outras formas.
E vi que sua forma de enxergar era muito mais bela,
Via o que os olhos não podiam mostrar,
E que os sonhos ficam perdidos em meio a outras informações,
Então pediu que voltasse a ser como era antes,
E sentiu-se livre
Pois podia ir mais além dos olhos,
Podia viver seus sonhos de sua forma,
E não precisava ser cego,
Como todos os que enxergam.