O tempo leva horas, dias, mas não envelhece a poesia

As vozes da experiência me pedem, aflitas, palavras ainda não ditas.

Então, digo em sessões desprovidas de amarras.

Digo o que me vem na fala.

Se surpreendo, não sei a razão.

São coisas tocantes que passam pela mente e pelo coração.

Não posso pertencer a um só mundo, se pertenço a outros mundos, que nem sempre vemos, apenas sentimos e cremos: isto basta.

As vozes continuam a me falar...vocês não as ouvem?

Vou lhes contar, como puder, quando souber...

São vozes em lindos sons, ao vento...tão bons!

São vozes de emoção; todas, mas todas são como encantadoras canções.

São pensamentos que me acalentam, me atormentam, às vezes, na madrugada e querem seguir na estrada...como poeira,como pó no ar em movimento.

Tem cheiro de interior, tem cheiro de alma, se é que alma tem cheiro!

Tem sintonia com o verdadeiro, com o todo, o inteiro.

Observo que manda sinais e vem cada vez mais e mais.

Parece que não vão parar; vou registrando suas ondas com energia a propagar!

Passa o tempo e o vento, soprando letras...

O tempo leva as horas, os dias, mas não envelhece a poesia!

Danusalmeida
Enviado por Danusalmeida em 18/08/2013
Reeditado em 18/08/2013
Código do texto: T4440351
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