VENTO
“VENTO”
Vento,
Que não entendo,
Vento,
Que em minha vida,
Paira medo.
Alma ao frio que dispara,
Que repara
E se vai tomando em tomada,
Voltada para o extremo.
A quem temo?
A quem me tenha por buscar;
Corpo afora,
Pelo amor trigueiro.
O vento em minha palma
É penúria que não se cala, sendo...
A comarca; o casulo; a marca;
Que me dá respeito
E o futuro que se virá dizendo
Em fundo pitoresco
E descerrará de um calar vivendo
Vala tão falha,
Empedrada na pele,
De um arrependimento.
Eu em brisa de folhas
E de esquecimento;
Eu concha de um mar preso
Em um salgar de envelhecimento
Por dentro em desentendimento
Morro fresco,
Pensamento...
O fim que me veio buscar,
Em trejeitos
Traquejos que ao murmurar,
Faz-se intento;
Que veio desestimular,
O ficar e um burlar,
De um vagar arrependimento.