Mais Nada

Deserto é o lado oposto ao que me lembras

Da infelicidade de ter lhe dividido espaços

Temperamentos e afagos, afagos que seriam o sempre

Do sempre que não existe, mas, a alma é labirinta

E tu não acertas o caminho direito, como um bêbado voltando para a casa

Sim, tu se lembras do quanto fizestes

Talvez agora acerte o caminho, talvez esteja acertando

Ora penso em viver sozinho

Já não basta lhe suportar, não imagino suportando também aos outros

Mas eu fui pego pelo fio da meada

Quase dei de cara com a morte que seria tão ingrata

Quanto ao tempo que não escorria pelos dedos

Ademais, acendo meu cigarro de palha e deito-me em uma sobreira

Para descansar e ter uma consciência não confusa

Entre fazer e se por motivos maiores não fazer

Mais nada.

Lucas Alves de Araújo
Enviado por Lucas Alves de Araújo em 14/08/2013
Código do texto: T4434439
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