(Foto tirada do Google)
Talvez
Quem sabe mais um dia,
de lutas sobrevivo,
segura nesta rédea,
que a vida me entregou.
Talvez num paraíso,
distante de se ver,
encontre o meu cantinho,
como sempre sonhei ter.
Tanta história desvairada,
posta em discussão,
enquanto a sede e a fome,
na morte encontram solução.
Meninos se perdem nas ruas,
vendendo-se, entregando-se,
àqueles sem consciência,
que a eles vão explorando.
O sangue que corre em nossas veias,
segue seu rumo sozinho,
não há ultrapassagem, nem prioridades,
neste caminho.
Às vezes me faço crer,
que existo, que estou viva,
os outros que façam o mesmo,
que lutem por sua vida.
Mas meu coração sente,
e revoltado ele assiste,
a crueldade de muitos,
e a falsidade de tantos.
Num céu onde gaivotas voam,
onde o sol brilha com toda sua intensidade,
sobre essa terra tão sofrida, tão perdida,
nas mãos do ser humano ingrato.