Também me perco...
2) Também me perco..
Guida Linhares
Nem sempre tudo são flores.
Também me perco nas alamedas,
antes tão perfumadas.
Agora parecem becos escuros,
onde vagam as sombras,
espectros de mulheres
de amores perdidos,
de almas vazias,
de sonhos ao léo.
Vago entre elas,
carregando o peso das mágoas,
sentindo as lágrimas no rosto,
e o terror da madrugada,
quando vagarei insone,
à procura do sono bendito.
Apenas uma réstia de luz,
na esquina da vida.
A ela me agarro...
e vejo palavras soltas!
Apanho todas elas,
e formo um buquê de versos,
de perfumadas rimas,
dançando nas alamedas
reflorescidas do coração.
Santos/SP
07/04/07
***
1) Ando perdido
Pedro Valdoy
Minha alma solitária
perde-se no vale arenoso
preza a garras de angústia
através da estrada do silêncio
com as raízes do passado
através de palavras perdidas
meio sonolentas
no pesadelo sem tons
onde voa minha esperança perdida.
Minha alma solitária
perde-se no vale arenoso
preza a garras de angústia
através da estrada do silêncio
com as raízes do passado
através de palavras sentidas
meio sonolentas
no pesadelo sem tons
onde voa minha esperança perdida.
Lisboa Abril 2007
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