"UMA OSTRA QUE NÃO FOI FERIDA
NÃO PRODUZ PÉROLAS"
(Rubem Alves)
VIRAR PÉROLA
Nos ciclos das tempestades,
abrigo-me na concha da alma.
Recolho o sofrimento,
guardo as dores que arranham o peito e
afogam-me no pranto que lava e expurga
todos os males.
Como a ostra que repousa silente
nas águas profundas do mar,
espero...
Rejeito os medos e o desespero,
evito a sedução da amargura.
Com o tempo, as chagas desaparecem.
Sinto-me fortalecer...
O grão de areia vira pérola.