O Tempo

Houve um tempo em que o tempo mesmo era o mais esperado,

Foi quando em um momento onde os pássaros melodiavam,

Cantando entrei si próprios onde ninguém ali os notavam,

Que também o tempo logo se declarou culpado...

Não era algo premeditado, mas diziam que já era esperado,

Percebeu-se que o relógio já não andava

E dentro da masmorra em passos lentos

Um rosto desconhecido ali se formava...

O temido tempo tomou a forma de um homem,

Dizendo está cansado de tudo ter que interferir,

Julgou a si mesmo pelos seus próprios pecados,

Já que descobriu bastante tarde, que nunca impediria de si ferir...

Intercalou-se por todos os acontecimentos,

Pedindo um substituto bastante astuto,

Alegando não se sentir mais justo

Para analisar tais devidos casos...

O temido tempo de toda a sua existência teve de se decidir,

Já que pediu do mundo tal permissão para se impor,

Enlouquecendo por nunca ter recebido o seu valor,

Aceitou que lhe atirassem inúmeras pedras

E de uma delas deixou que o levassem daqui...

Na sua morte

Ouviu-se um som de voz,

Que por fim acompanhado de um vento forte,

Dizia:

“É preciso dá motivos para receber do tempo devida unção,

Pois, acredito que nem todo destino esteja escrito sem ter uma fagulha de emoção...”

DiaNublado
Enviado por DiaNublado em 03/08/2013
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