O Tempo
Houve um tempo em que o tempo mesmo era o mais esperado,
Foi quando em um momento onde os pássaros melodiavam,
Cantando entrei si próprios onde ninguém ali os notavam,
Que também o tempo logo se declarou culpado...
Não era algo premeditado, mas diziam que já era esperado,
Percebeu-se que o relógio já não andava
E dentro da masmorra em passos lentos
Um rosto desconhecido ali se formava...
O temido tempo tomou a forma de um homem,
Dizendo está cansado de tudo ter que interferir,
Julgou a si mesmo pelos seus próprios pecados,
Já que descobriu bastante tarde, que nunca impediria de si ferir...
Intercalou-se por todos os acontecimentos,
Pedindo um substituto bastante astuto,
Alegando não se sentir mais justo
Para analisar tais devidos casos...
O temido tempo de toda a sua existência teve de se decidir,
Já que pediu do mundo tal permissão para se impor,
Enlouquecendo por nunca ter recebido o seu valor,
Aceitou que lhe atirassem inúmeras pedras
E de uma delas deixou que o levassem daqui...
Na sua morte
Ouviu-se um som de voz,
Que por fim acompanhado de um vento forte,
Dizia:
“É preciso dá motivos para receber do tempo devida unção,
Pois, acredito que nem todo destino esteja escrito sem ter uma fagulha de emoção...”