BANCA DE REVISTAS
Ei-la vistosa, no meio da praça
Queria viver num lugar assim
Trabalharia aqui de graça
As alvíssaras todas para mim
O vento balança os mil adereços
Que enfeitam a pequena catedral
Adolescentes belas vêm ver o preço
Da revista de moda semanal
Meus olhos passeiam sobre os gibis
Criança, não sei do noticiário
Meu compromisso é um simples ser feliz
E é impossível não ser neste cenário
A banca sorri quando passa o povo
Ela é pacífica e cheia de aromas
Mares, buracos negros, cheiram a novo
Da velhice ainda não há sintomas
Felicidade tem efeito breve
Que pela vida toda se irradia
A banca fica onde sempre esteve
Os meus trocados viram fantasia
Enviado por Jimii em 13/09/2007