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A Idosa


Passava a mão pela testa
Enxugando o cansaço.
Apertando os olhos,
Mirava o horizonte
Tentando ver algo novo,
Diferente,
Curioso.

Cabelos brancos esvoaçavam
Em volta de um rosto magro
E às vezes, a chuva seguia
Nas valetas das muitas rugas.

Avançada em anos,
Tinha tão poucos bem vividos...
Chinelos gastos de tanto errar
Pela vida e pelos caminhos.

Mas ainda havia flores
Mesmo que já desbotadas
Na estampa do vestido.

Ana Bailune
Enviado por Ana Bailune em 24/07/2013
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