Essência em Abstinência

Lá fora o som da cidade,

aqui dentro penso na felicidade,

altas montanhas escuras

não apagam a luz do sol.

Grande astro, pequeno maestro,

O peixe preso no anzól,

é a fome rondando às espreitas

das melhores e mais bem feitas.

Vejo no horizonte as aves voam em "V",

atrás daquela ponte o consolo de um bebê,

que chora pela situação, por sentir e por ver,

mas no fundo sabe que um dia será mais querida.

Querido mar, querido céu,

a coluna e seu capitel,

tanque de guerra sem munição

a proteção sem destruição.

O trilho do trem à faiscar,

alta velocidade sem parar,

e o pincel à desenhar,

o dedo a tocar e criar.

Patas de leão, o latido do cão,

amigos estão do lado, enquanto outros se vão,

madrugada de caça, vai da rua à mata,

proibido raptar e matar, apenas a lua pode flutuar.